terça-feira, 6 de março de 2018

O Menino e o Carvão


Olá estudantes! Já podemos chamá-los assim? 😃

Lemos um texto que nos fez pensar em coisas que as vezes acontecem em nosso cotidiano, gostaríamos de compartilhar com vocês.

O menino e o carvão

Após a aula, o pequeno Joel entrou em casa feito um furacão, pisando forte, batendo os pés no assoalho. Seu pai, que estava saindo para fazer alguns serviços, ao ver a atitude do filho, chamou-o para uma conversa.
Joel, de oito anos, desconfiado, acompanhou o pai e antes que Seu José pudesse dizer-lhe alguma coisa, foi logo falando, em tom irritado:
 - Pai, estou com muita raiva do Jonas! Ele não deveria ter feito aquilo comigo! Tomara que aconteça tudo de ruim com ele!
Seu José era um homem simples, mas trazia, em sua simplicidade, muita sabedoria. Assim, sem esboçar qualquer reação de desaprovação, ele ficou escutando o filho, calmamente, que não parava de reclamar do colega:
 - Sabe o que o Jonas fez? Ele me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente, ficasse muito mal mesmo e nem pudesse ir a escola.
Ainda calado, Seu José continuou caminhando, dirigindo-se até um depósito que havia no quintal. De lá retirou um saco cheio de carvão.
Diante dessa atitude do pai e sem entender nada, o menino calou-se.
O pai, então, falou, pela primeira vez, perguntando:
 - Filho, está vendo aquela camisa branquinha, pendurada naquele varal?
 - Sim, claro! Estou vendo – diz Joel.
 - Pois então, faça de conta que quem lá está, é o seu colega Jonas.
Os olhos de Joel arregalaram-se de espanto.
E Seu José, arrastando o saco de carvão para mais perto do filho, continua:
 - Pense que cada pedaço de carvão aqui dentro deste saco, é um mau pensamento seu, que você vai dirigir ao Jonas.
Agora, os olhos de Joel brilharam...
Seu José continuou:
 - Quero que você jogue todo esse carvão na camisa agora, para você será o Jonas. Jogue tudo. Esvazie o saco. Não deixe sobrar nenhum pedaço. A cada vez, um mau pensamento. Depois eu volto.
Concluiu, afastando-se do local.
O menino adorou! Além de pensar que seria uma brincadeira divertida, ainda teria a chance de jogar todo o seu ódio para cima do colega.
O varal estava longe, por isso, por melhor pontaria que o menino tivesse, não foram muitos os pedaços que atingiram o alvo.
Após um tempinho, Joel esvaziou o saco de carvão. Seu José, que espiava, de certa distância, aproximou-se do filho perguntando:
 - Então, filho, como está se sentido agora?
 - Estou cansado, mas muito contente porque acertei muitos pedaços de carvão naquele safado, diz, todo satisfeito, sem, no entanto, compreender o olhar do pai, que parecia estar sentindo dó dele.
 - Vamos para casa. Quero mostrar-lhe uma coisa, diz o pai, carinhosamente segurando-lhe a mão.
E Joel acompanha o pai.
Lá chegando, o menino foi colocado diante de um grande espelho, onde podia ver-se de corpo inteiro.
E que susto ele levou!
O pai, então lhe diz ternamente:
 - Filho, você viu que apesar de todo o seu esforço, de toda a sua intenção, a camisa quase não se sujou, mas veja só o seu estado! Só se consegue enxergar os seus olhinhos espantados! Você está imundo da cabeça aos pés. Quem levou a sujeira foi você!
Diante do olhar estarrecido do filho, Seu José concluiu:
 - Assim acontece com o mal que desejamos aos outros. Por mais que consigamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, com nossas más intenções, grande parte da borra dos rancores, a maior parte dos resíduos dos malefícios e muita fuligem de mal-estar, ficam sempre em nós mesmos.
(Autor desconhecido)

Após ler o texto reflita sobre a raiva e a vingança. Você já passou por uma situação parecida? Se quiser, você pode compartilhá-la em nosso blog. Reflita com o texto como você se “sujou” quando sentiu raiva e quis se vingar. Que atitudes poderá ter daqui para frente.

Esperamos ansiosas as postagens de vocês! 😍😍😍