quarta-feira, 17 de junho de 2015

O trabalho infantil


“Criança não trabalha, criança dá trabalho”, assim diz a letra de uma música do Grupo Palavra Cantada. Mas, infelizmente, o trabalho infantil no Brasil ainda existe. Diminuiu, é verdade, mas pelos resultados do Censo 2010, são 3,4 milhões de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos trabalhando, quando deveriam estar somente estudando ou brincando.
Criança trabalhando é contra a lei; atrapalha os estudos e, principalmente, a impede de ser criança pois, ao invés de brincar, está exercendo atividades de adultos.
Pelas leis brasileiras, os adolescentes de 14 ou 15 anos só podem trabalhar como aprendizes, e os de 16 e 17 anos só podem fazer atividades de trabalho que não sejam prejudiciais à sua saúde e segurança.
No entanto, o trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, em regime de exploração, quase de escravidão, já que muitos deles não chegam a receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.
Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias candidatas ao abandono escolar e consequentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar sub-empregos e assim continuarem alimentando o ciclo de pobreza no Brasil.